Perceber qual é o momento para se deixar de lutar, ou abandonar uma prática não é fácil. Será que é agora? Será que ainda tenho mais alguma coisa dentro de mim que me diz que tenho de dar mais? Como é que percebemos essa diferença?
Um exemplo prático, no início quando comecei a meditar havia dias que não me apetecia, que a minha mente punha obstáculos e arranjava todas as desculpas para não ter de mergulhar na ansiedade de parar e permanecer parada (entenda-se fisicamente). Mas sabia que sempre que ia fundo nessa ansiedade, conseguia emergir do outro lado tranquila e no meu centro. Aí se tivesse ouvido a minha mente dizer-me para não o fazer, ao ponto de me criar um mini aperto no coração, não tinha conseguido ultrapassar uma série de barreiras e camadas que eu desconhecia em mim. Neste caso, ainda bem que me contrariei.
Então e quando nos contrariamos para fazer algo que não queremos, porque "tem de ser"?
Acho que as perguntas que pode fazer-nos nestes casos são: "Isto é para o meu bem maior"?, "Há algum objectivo que eu queira atingir que seja para uma maior aprendizagem e consciência de mim"?, então força continuem e "lutem" por essa consciência e conhecimento. Levantem-se da cama quando não apetece, dêem mais aquele "bocadinho assim", e aposto que no final da vida quando olharmos para trás vai ter valido a pena. Afinal foi feito por amor! Se não for, tá na hora de deixar ir...
Namasté