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terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Alimentar o que é importante



A Bhagavad Gita fala-nos dos valores a alimentar na nossa vida como a verdade, a não violência, o desapego dos objectos dos sentidos ou a busca constante do conhecimento. Estes são alguns dos vinte valores universais. e até aqui está tudo certo, lemos estas palavras e fazem todo o sentido, e com o modo "Miss Mundo" ligado, entendemos que se todos os seguíssemos, o mundo era bem melhor e acabavam as guerras e tal.

Mas tal como no concurso das belezas mundiais, isto tudo é utópico até decidirmos pôr mãos à obra. E aqui não há como dar a volta ao texto, pomos nós em prática o melhor que sabemos e desligamos do que os outros fazem. Só assim podemos realmente mudar alguma coisa.

Imaginem que andam a trabalhar num maior despego dos objectos... E o que vão fazer ao fim de semana? Passear ao colombo para ver as montras e para a feira automóvel da FIL.

Alimentamos a mente e colocamo-nos em situações onde vamos fazer o oposto do valor que queremos alimentar. Com isto não quero dizer para banirem as Feiras Automóveis! Nada disso, cada coisa no seu lugar, mas se eu sei que tenho alguma tendência para me apegar a coisas, talvez possa pensar na história da semente: antes de se tornar numa árvore forte precisa sempre de cuidado e protecção. Só isso.

Quando sentirem que aquilo já não faz mossa, então força: passar domingos à tarde a ver ferraris...  Mas talvez aí esse assunto já não vos interesse!

Digamos que pudessem ter alguma tendência a dramas e vitimização... Se calhar contar com todos os promenores a discussão de ontem à noite, a todas as amigas e amigos, pode não ser boa ideia! Afinal cada vez que a contamos alimentamos esse lado que não queremos alimentar.

Se há alguém que não gostam e de quem querem distância, façam-no realmente... Não vale a pena indagar como quem não quer a coisa ou espreitar o facebook para saber o que anda a fazer! Poupem-se e alimentem aquilo que realmente interessa

Love you

PS: Não tenho nenhuma moralidade superior, nem sei as respostas... E dá trabalho, é uma luta diária para alimentar aquilo que realmente é importante e não cair nas armadilhas de sempre.. Até moksha continuamos na tentativa e erro!!!
Só espero que consiga continuar a alimentar o discernimento para perceber o que é real e o que não é

PSS: 5000 views do blog!!! Espectacular... lá se vai a equanimidade

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

a mania da perseguição..

Chamem-lhe insegurança, ou mania da perseguição, mas já perdi a conta às vezes em que gastei as minhas calorias mentais e pensar no que tinha feito ou deixado de fazer para alguém ter tido esta ou aquela atitude comigo.

Vamos lá pôr as coisas em pratos limpos e ser objectivos: o facto de alguém responder de maneira mais seca ou rápida pode não ter absolutamente nada a ver connosco. Imaginem a situação:
Vamos todos beber um café e a Maria (personagem fictícia prometo), começa a fazer cara feia para o João (outro nome para o ar) e até lhe responde qualquer coisa do género:

Maria- "Não preciso que me ajudes a comer este cheesecake de frutos silvestre"
João (em pensamento)- só pode estar muito chateada comigo, devo ter feito alguma coisa para ela não partilhar
Maria (em pensamento)- estou cheia de fome, LARGA o meu cheesecake

Resultado, o João não tinha feito absolutamente nada e a Maria só estava mesmo com fome, uma reacção básica a um instinto básico.

Tal como a fome, temos reacções básicas como o medo, que nada têm a ver com a pessoa a quem respondemos.

Há coisas que na realidade não são problema nosso. O João não precisa de ir para casa gastar o resto do  dia e das calorias mentais a rever vezes sem conta o que fez à Maria. JOÃO SÊ OBJECTIVO.. 


Se calhar não é problema teu... Ou se calhar podes perguntar à Maria se se passa alguma coisa, mas se no fim do dia e sabendo que não houve intenção de magoar a pessoa, ela reage dessa maneira, indaga e deixa ir... Não és responsável pela resolução dos problemas do mundo... Afinal a Maria só tinha fome e não era mesmo problema teu 

Love you

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

O meu salva mentes...

Houve alguns momentos de viragem na minha vida. Um deles foi quando o caos mental era tão grande que a única coisa que pedia e por que rezava era Paz.

E a solução veio, a prática de yoga começou a transformar lentamente a maneira como me via e a permitir-me acalmar a mente.
O segundo momento foi o vedanta, um meio de conhecimento que me permite lidar com o mundo de maneira completamente diferente. E mais, permite-me usar a cabecinha para compreender, porque afinal a minha está aqui, é meia hiperactiva e de vez em quando arranja sarna para se coçar.

Assim o meu primeiro salvo mentes (momento Mitch Buchannon) foi o yoga,e sim tive de ir ao Google ver como se escrevia o nome desta mítica personagem, que tem umas pérolas de sabedoria impagáveis como por exemplo: " Gail and I spent our honey moon in Hawaii. Every time I see a volcano erupt, I think of her." (Eu e a Gail passámos a nossa lua de mel no Hawaii, Sempre que vejo a erupção de um vulcão penso nela). Mas sobre objectividade e subjectividade falamos noutro post.

Obrigada a todos os professores de yoga e vedanta que me ajudaram e continuam a ajudar a ver e acima de tudo a conhecer a minha natureza. Sem vocês a escuridão era bem maior

Love you


PS: Era demais resistir a pôr esta foto do Mitch
PSS: Não se ofendam por ter Baywatch e Yoga ou vedanta no mesmo post, afinal parece-me uma óptima série para nos mostrar o que é a ilusão de quem somos...

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Analisar padrões e a terceira lei de Newton

Tenho a mania de analisar padrões na minha vida. Aliás grande parte do processo de reconhecimento e aprendizagem passa por isto. Acontece uma coisa.. (Pronto aconteceu) Acontece a segunda parecida num curto espaço de tempo... (Espera aí que há algo que eu não estou a ver) Acontece a Terceira (só mesmo se formos muito tapados é que não vemos que há algo a aprender por aqui).

A parte engraçada é que me costumam acontecer em grupos de 3, como se esta inteligência que gere a casa já soubesse: só com uma não vai lá... A mim cheira-me a lei do Karma.

Nestes últimos dias fiquei pendurada algumas vezes. À última da hora cancelaram tudo e mais alguma coisa, ou deixaram-me à espera 2 horas com aquela conversa do: "São só mais 10 minutos".
Escusado será dizer que não gostei. Mas por outro lado deixou-me a pensar: se a lei do karma bate sempre certo, então provavelmente estarei a fazer isto aos outros.

O Karma é a reacção óbvia às nossas acções: não me parece que ande aí um senhor a julgar e a castigar (a que uns chamam Deus, outros Ishvara ou universo).

Assim, a minha intenção para os próximos tempos é esta: cumprir à risca tudo o que me proponho. Não por causa da lei do karma que vem e dá de volta, mas porque não gostei nada de estar neste lado. Não é justo.


 Cumprimos não por medo do que possa acontecer mas por percebermos as consequências das nossas acções.

Terceira Lei de Newton: A toda a acção opõe sempre uma igual reacção

Então se na vida aparecem padrões, observamos e analisamos se em algum momento actuámos de alguma maneira que pudesse provocar esta reacção.

Na volta podemos sempre "culpar" os outros e escolher não aprender nada. É uma escolha

Love you